O ensino híbrido, ou blended learning, é uma das tendências da Educação do século XXI, que promove uma integração entre o ensino presencial e propostas de ensino on-line visando à personalização da aprendizagem. O modelo de negócio de sua empresa já se adaptou?
Segundo Clayton Christensen, professor da Escola de Negócios da Universidade de Harvard, e reconhecido por ser o autor do termo “inovação disruptiva” a educação on-line, que vem sendo propagada mais recentemente pelas Edtechs, se tornará uma forma mais econômica e eficiente dos alunos serem formados. Segundo ele, os modelos de negócio de instituições tradicionais morrerão ou terão de ser redesenhados para dar lugar a modelos híbridos ou 100% digitais.
No início do século XX, foi criado um sistema de educação universal que pudesse acomodar muitos estudantes. Os educadores basearam-se no sistema industrial que havia surgido. Isso resultou em agrupamentos de estudantes por idade em séries, colocando-os em uma sala de aula com um professor e padronizando o ensino e a avaliação. Esse modelo funcionou por muitos anos. Na atualidade, entretanto, a possiblidade da utilização de tecnologias imersivas como a inteligência artificial, gamificação, big data e virtual reality, integradas às novas metodologias de ensino presencial, tem gerado uma verdadeira disrupção e proporcionado uma incrível experiência de aprendizagem personalizada e customizada para cada um dos estudantes expostos ao ensino híbrido.
Segundo Todd Rose, Doutor em Desenvolvimento Humano pela Harvard Graduate School, “Se desenhamos um ambiente de aprendizagem para a média, fazemos esse ambiente para ninguém.” Sendo assim, para quais ambientes de aprendizagem os estudantes da 4ª Revolução Industrial se deslocarão e permanecerão? Os indicadores apontam para ambientes em que sejam valorizadas experiências individuais e personalizadas de aprendizagem. Isso já é possível e sem elevação de custos. Faz-se necessário, entretanto, uma avaliação do atual modelo de negócio das escolas.
Com o uso das diversas estratégias de aprendizagem ativa, a exemplo do ensino híbrido, o estudante passará a ser o centro da aprendizagem e o professor um facilitador auxiliado pela mobilização das tecnologias disponíveis. Estas, por sua vez, servirão para avaliar e planejar atividades direcionadas às necessidades individuais, as quais serão realizadas num espaço adaptado. Dentro desse contexto, o gestor escolar terá como desafio compreender que uma nova cultura escolar de aprendizagem ganha força dentro e fora dos muros escolares. A autonomia responsável do estudante deverá ser a meta de toda e qualquer instituição educacional do nosso país.
Vale à pena refletir sobre uma mudança de mindset: o novo modelo de negócio de sua escola estará concentrado na experiência personalizada da aprendizagem do aluno, atento às mudanças disruptivas, as quais o segmento educacional e toda sociedade vivencia, ou, ao contrário, essa oportunidade será desperdiçada?
Fonte da imagem: Edabox